Branco, fogos, ondas. No Brasil, a virada do ano tem
uma série de tradições, porém, nada mais forte do que vestir roupa branca,
assistir à queima de fogos e, se estiver no litoral, pular sete ondas. As
explicações, como pode-se imaginar, não tem lá muito de científicas, mas
perpassam pelas demonstrações de alegria por iniciar um novo ciclo, assim como
pela busca por prosperidade, amor e paz.
Você não é religioso, nem tampouco supersticioso ?
Não tem problema, se estiver por essas terras tropicais, sucumbirá à energia e,
inevitavelmente, às simpatias do período. Afinal, atrair um pouco de sorte
nunca fez mal a ninguém, não é mesmo ? Basta seguir meia dúzia de procedimentos
tupiniquins – que, reza a lenda, são infalíveis !!
1. Vestir branco
Já começou: as vitrines estão repletas de camisas, calças,
vestidos e camisetas brancas. A cor que simboliza a paz é
obrigatória em rituais de tribos africanas, foi popularizada pelo candomblé e
se tornou essencial no réveillon, como forma de purificar o espírito, de
renovar forças, de afastar mau olhado. Até por essa ancestralidade religiosa,
além das roupas alvas, muita gente costuma ainda presentear Iemanjá, a rainha das
águas.
Para agradecer metas alcançadas e renovar
pedidos, basta mimar a vaidosa orixá lançando perfumes, sabonetes, espelhos e
flores ao mar. A atitude pouco ecológica, mas afetiva, é recorrente sobretudo
na Bahia e no Rio de Janeiro e leva as prefeituras locais a adotarem políticas
de limpeza e, eventualmente, a indicarem pontos e horários específicos para as
oferendas.
2. Pular sete ondas
Não,
não se
trata de brincadeira de criança. Em qualquer praia brasileira, na sequência dos
fogos de artifício (vale dizer, em nenhum lugar tão espetaculares quanto os da
Praia de Copacabana, exatamente onde se encontra o PortoBay Rio Internacional) e das doze
badalas do dia 31 de dezembro, é hora de correr para o mar, de roupa e tudo, e
começar a se mexer. A cada
onda pulada, faz-se um pedido e, após o sétimo pulo, volta-se à areia, sem dar
as costas para o mar.
3. Comer pela prosperidade
2018
é um ano para buscar fartura ? Os mais supersticiosos acreditam que comer romã na noite de ano novo
atrai dinheiro. As sementes não devem ser mastigadas, mas embrulhadas num papel
branco. Então, no Dia de Reis, elas precisam ser guardadas na carteira. Muito
complicado ? Vale comer
12 uvas, cada uma delas nos doze minutos que antecedem a meia noite. Mais: algumas
colheradas de lentilha também chamam sorte.
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4. Investir na lingerie
Usar
branco, como foi dito, é quase uma imposição. Mas não é a única !! Roupas íntimas
novinhas em folha fazem parte do figurino. Cada cor de calcinha ou cueca tem um
papel importante: a branca traz tranquilidade, a rosa atrai amor e a vermelha
paixão, a amarela chama dinheiro, a verde cultiva esperança e a azul simboliza
sucesso. Brasileiro que é brasileiro garante que a tática influencia – e muito
– o novo ano.
5. Evitar aves
Peru,
chester, salpicão de frango são pratos exclusivamente natalinos. Para quem não
sabe, as aves ciscam para trás e apreciá-las na ceia de Réveillon é um perigo !!
Uma coxa de peru e os projetos do novo ano podem retroceder. Sendo assim,
melhor não correr o risco e se deliciar com carne de porco ou pescados. Sempre brindadas com uma tacinha de espumante.
As versões brasileiras têm sido premiadas mundo afora e, se tomadas no primeiro
minuto do ano, garantem sucesso para todos os segundos dos próximos 12 meses.
6. Destinar uma folha
Ao
longo da história e, especialmente na Idade Média, os galhos do loureiro
representaram a fortuna. Daí que, na passagem de ano, os brasileiros perpetuam
a tradição de inserir uma folha de louro com uma nota de dinheiro na carteira e
guardá-los até o próximo 31 de dezembro. Neste dia, há quem doe a cédula e
jogue a planta em mar ou rio.